Literatura de cordel é um tipo de poema popular,originalmente oral,e depois impresse em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel,expostos para venda pendurados em cordas ou cordèis,o que deu origem ao nome originado em Portugal,que tinha a tradição de penduar folhetos em barbantes.A história da literatura de cordel começa com o romanceiro luso-holandês da idades contemporânea e do renascimento.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Como é escrito um cordel?
Cordel deriva de uma corda,barabante,cordão enrolado,no meio folhas ou borda,onde se escreve rimando bonito.
Exemplos de cordèis
Meio Ambiente:
Peço licença ao leitor
Para de algo chato eu falar,
Mais do que chato é cruel
O que eu tenho para tratar,
Sobre o atrevimento do homem
Querendo um rio transportar.
Desde que mundo é mundo
O rio sabe onde correr,
É traçado o seu percurso
E o que temos a fazer,
É cuidar da vida dos rios
Preservar é um dever.
Num tempo que já se foi
Chamado de desbravação,
O Rio São Francisco foi o celeiro
O pai da alimentação,
Peixe de toda espécie
Ali tinha de montão.
Educação Ambiental:
Quando Deus criou o mundo
Fez de tudo, e fez demais.
Fez o solo bem fecundo,
E as águas minerais
Fez o ar e fez o fogo,
Do Sol com luz e energia.
Mas deu as regras do jogo,
Para tudo equilibrar,
Fez a noite e fez o dia,
Ninguém podia alterar,
A biosfera sadia,
Pra nada nunca faltar!
Com esses quatro elementos
Se compôs a Natureza
Estava pronto o cenário
De esplendor e beleza
Era chegado o momento
Pra criar nesse berçário
Milhões de formas de vida.
As pequenas fez bastante
Para estarem sempre unidas.
Mas as fortes, as gigantes.
As rivais e conflitantes
Em proporção reduzida.
Os protistas, as moneras
Liquens, fungos, bactérias
Musgos, algas, e vírus,
De diminutas matérias,
Os seres eucariontes
De tamanhos mais diversos,
Nas planícies e nos montes
Nos oceanos imersos,
Polvo gigante, baleia
Ervas boas e daninhas
Insetos, no ar, na areia
Carcarás e ararinhas.
Amizade:
Cantar o valor do amor e da amizade
No peito precipita os sentimentos
Inflamam nosso cerne os elementos
No culto tão sincero da verdade
Formando entre eles a irmandade
Entrelaçando o que foi determinado
Compondo o elo antes nunca declarado
São mistérios que extrapolam a razão
Na fusão mágica sem explicação
Três cantando o martelo agalopado.
Maior que a mais alta cordilheira
Mais valiosa que o mais raro diamante
Ofuscando até o brilho dum brilhante
Quando a amizade é pura e verdadeira
Torna-se única e eterna companheira
Entre os amigos no trato refinado
Tudo é simples e nada é cobrado
Não existe pagamento da emoção
Na fusão mágica sem explicação
Três cantando o martelo agalopado.
Mais profunda que as fossas abissais
Uma beleza preciosa e estonteante
Na amizade crescente e galopante
Parcerias poéticas incondicionais
Tecendo os seus convívios pessoais
Somente o imponderável aplicado
Nas concórdias o mimo é dobrado
Enche de alegria cada coração
Na fusão mágica sem explicação
Três cantando o martelo agalopado.
É um belo prêmio a amizade sincera
Livre escolha de um bem puro e divino
Algum encontro da vida e o destino
Singelo tempo que nunca se espera
Insofismável dom de toda esfera
Ser amigo é amar muito e ser amado
Mais que irmão, algo nunca imaginado.
É um amor sem envolvimento de paixão
Na fusão mágica sem explicação
Três cantando o martelo agalopado.
Peço licença ao leitor
Para de algo chato eu falar,
Mais do que chato é cruel
O que eu tenho para tratar,
Sobre o atrevimento do homem
Querendo um rio transportar.
Desde que mundo é mundo
O rio sabe onde correr,
É traçado o seu percurso
E o que temos a fazer,
É cuidar da vida dos rios
Preservar é um dever.
Num tempo que já se foi
Chamado de desbravação,
O Rio São Francisco foi o celeiro
O pai da alimentação,
Peixe de toda espécie
Ali tinha de montão.
Educação Ambiental:
Quando Deus criou o mundo
Fez de tudo, e fez demais.
Fez o solo bem fecundo,
E as águas minerais
Fez o ar e fez o fogo,
Do Sol com luz e energia.
Mas deu as regras do jogo,
Para tudo equilibrar,
Fez a noite e fez o dia,
Ninguém podia alterar,
A biosfera sadia,
Pra nada nunca faltar!
Com esses quatro elementos
Se compôs a Natureza
Estava pronto o cenário
De esplendor e beleza
Era chegado o momento
Pra criar nesse berçário
Milhões de formas de vida.
As pequenas fez bastante
Para estarem sempre unidas.
Mas as fortes, as gigantes.
As rivais e conflitantes
Em proporção reduzida.
Os protistas, as moneras
Liquens, fungos, bactérias
Musgos, algas, e vírus,
De diminutas matérias,
Os seres eucariontes
De tamanhos mais diversos,
Nas planícies e nos montes
Nos oceanos imersos,
Polvo gigante, baleia
Ervas boas e daninhas
Insetos, no ar, na areia
Carcarás e ararinhas.
Amizade:
Cantar o valor do amor e da amizade
No peito precipita os sentimentos
Inflamam nosso cerne os elementos
No culto tão sincero da verdade
Formando entre eles a irmandade
Entrelaçando o que foi determinado
Compondo o elo antes nunca declarado
São mistérios que extrapolam a razão
Na fusão mágica sem explicação
Três cantando o martelo agalopado.
Maior que a mais alta cordilheira
Mais valiosa que o mais raro diamante
Ofuscando até o brilho dum brilhante
Quando a amizade é pura e verdadeira
Torna-se única e eterna companheira
Entre os amigos no trato refinado
Tudo é simples e nada é cobrado
Não existe pagamento da emoção
Na fusão mágica sem explicação
Três cantando o martelo agalopado.
Mais profunda que as fossas abissais
Uma beleza preciosa e estonteante
Na amizade crescente e galopante
Parcerias poéticas incondicionais
Tecendo os seus convívios pessoais
Somente o imponderável aplicado
Nas concórdias o mimo é dobrado
Enche de alegria cada coração
Na fusão mágica sem explicação
Três cantando o martelo agalopado.
É um belo prêmio a amizade sincera
Livre escolha de um bem puro e divino
Algum encontro da vida e o destino
Singelo tempo que nunca se espera
Insofismável dom de toda esfera
Ser amigo é amar muito e ser amado
Mais que irmão, algo nunca imaginado.
É um amor sem envolvimento de paixão
Na fusão mágica sem explicação
Três cantando o martelo agalopado.
Os cordelistas cearenses mais famosos do ceará
-Expedito Sebastião da Silva-
Expedito Sebastião da Silva nasceu em Juazeiro do Norte-CE, em 20 de janeiro de 1928 (dia de São Sebastião) e viveu toda a sua vida na terra do Padre Cícero, até falecer no dia 8 de agosto de 1997.
Além de bom poeta, foi tipógrafo e revisor da gráfica de José Bernardo da Silva, tendo assumido, com a morte deste, a gerência da Tipografia São Francisco, rebatizada nos anos 70 como Literatura de Cordel José Bernardo da Silva e posteriormente como Lira Nordestina, denominação que permanece até hoje.
De origem camponesa, conseguiu freqüentar a escola, chegando a concluir a quarta série ginasial.
Durante os anos escolares começou a rascunhar seus primeiros poemas, o que acabou chamando a atenção de José Bernardo da Silva, o grande editor de Juazeiro.
Seu primeiro folheto, intitulado "A moça que depois de morta dançou em São Paulo", data de 1948.
Por essa época, o chefe da oficina tipográfica era o poeta e xilógrafo Damásio Paulo da Silva, que incentiva o jovem Expedito a continuar produzindo.
Cuidadoso com a rima e, principalmente, com a métrica, Expedito costumava a revisar a obra de outros poetas que imprimiam seus folhetos na "Lira".
-Gonçalo Ferreira da Silva-
Gonçalo Ferreira da Silva (Ipu CE 1937). Publicou seu primeiro livro, a coletânea de contos Um Resto de Razão, em 1966, mesmo ano em que foi lançado seu primeiro folheto de cordel, Punhos Rígidos. Entre 1963 e 1978 foi funcionário da Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro RJ. Cursou Letras na PUC/RJ, entre 1970 e 1973. Trabalhou como redator do jornal A Voz do Nordeste e da revista Abnorte-Sul entre 1980 e 1988. É um dos fundadores da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, da qual foi presidente no período de 1988 a 1996. É membro de várias academias de letras estaduais, entre elas a do Rio de Janeiro, para a qual foi eleito em 1996. Gonçalo Ferreira da Silva é autor de poemas como Meninos de Rua e a Chacina da Candelária, vertido para o francês por Jean Louis Christinat, e Mahatma Gandhi, traduzido para o inglês por Manoel Santa Maria. Segundo o crítico Gilmar de Carvalho, "poeta dos mais férteis e inspirados, Gonçalo Ferreira da Silva exerce uma inconteste liderança entre os cordelistas radicados no Rio de Janeiro.".
-José Maria do Nascimento-
José Maria do Nascimento é natural de Aracoiaba, Ceará. Aos 13 anos veio para Fortaleza, onde iniciou sua carreira como violeiro, tornando-se conhecido pelo seu talento poético e sua maneira de cantar. Já representou o Ceará em diversos festivais realizados em vários estados do Brasil, destacando-se duas viagens que marcaram época em sua carreira, quando esteve no Rio Grande do Sul, por ocasião do 2º Congresso Nacional de Turismo, e quando esteve em Brasília, cantando para as maiores autoridades do país. Lançou, juntamente com Benoni Conrado, um dos primeiros discos de violeiros que se tem notícia no Brasil. Tem um livro inédito intitulado "Fagulhas do Estro", publicou vários folhetos de cordel, destacando-se "Folclore também é cultura" e "Miscelânea de motes e glosas''.
Expedito Sebastião da Silva nasceu em Juazeiro do Norte-CE, em 20 de janeiro de 1928 (dia de São Sebastião) e viveu toda a sua vida na terra do Padre Cícero, até falecer no dia 8 de agosto de 1997.
Além de bom poeta, foi tipógrafo e revisor da gráfica de José Bernardo da Silva, tendo assumido, com a morte deste, a gerência da Tipografia São Francisco, rebatizada nos anos 70 como Literatura de Cordel José Bernardo da Silva e posteriormente como Lira Nordestina, denominação que permanece até hoje.
De origem camponesa, conseguiu freqüentar a escola, chegando a concluir a quarta série ginasial.
Durante os anos escolares começou a rascunhar seus primeiros poemas, o que acabou chamando a atenção de José Bernardo da Silva, o grande editor de Juazeiro.
Seu primeiro folheto, intitulado "A moça que depois de morta dançou em São Paulo", data de 1948.
Por essa época, o chefe da oficina tipográfica era o poeta e xilógrafo Damásio Paulo da Silva, que incentiva o jovem Expedito a continuar produzindo.
Cuidadoso com a rima e, principalmente, com a métrica, Expedito costumava a revisar a obra de outros poetas que imprimiam seus folhetos na "Lira".
-Gonçalo Ferreira da Silva-
Gonçalo Ferreira da Silva (Ipu CE 1937). Publicou seu primeiro livro, a coletânea de contos Um Resto de Razão, em 1966, mesmo ano em que foi lançado seu primeiro folheto de cordel, Punhos Rígidos. Entre 1963 e 1978 foi funcionário da Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro RJ. Cursou Letras na PUC/RJ, entre 1970 e 1973. Trabalhou como redator do jornal A Voz do Nordeste e da revista Abnorte-Sul entre 1980 e 1988. É um dos fundadores da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, da qual foi presidente no período de 1988 a 1996. É membro de várias academias de letras estaduais, entre elas a do Rio de Janeiro, para a qual foi eleito em 1996. Gonçalo Ferreira da Silva é autor de poemas como Meninos de Rua e a Chacina da Candelária, vertido para o francês por Jean Louis Christinat, e Mahatma Gandhi, traduzido para o inglês por Manoel Santa Maria. Segundo o crítico Gilmar de Carvalho, "poeta dos mais férteis e inspirados, Gonçalo Ferreira da Silva exerce uma inconteste liderança entre os cordelistas radicados no Rio de Janeiro.".
-José Maria do Nascimento-
José Maria do Nascimento é natural de Aracoiaba, Ceará. Aos 13 anos veio para Fortaleza, onde iniciou sua carreira como violeiro, tornando-se conhecido pelo seu talento poético e sua maneira de cantar. Já representou o Ceará em diversos festivais realizados em vários estados do Brasil, destacando-se duas viagens que marcaram época em sua carreira, quando esteve no Rio Grande do Sul, por ocasião do 2º Congresso Nacional de Turismo, e quando esteve em Brasília, cantando para as maiores autoridades do país. Lançou, juntamente com Benoni Conrado, um dos primeiros discos de violeiros que se tem notícia no Brasil. Tem um livro inédito intitulado "Fagulhas do Estro", publicou vários folhetos de cordel, destacando-se "Folclore também é cultura" e "Miscelânea de motes e glosas''.
a historia do cordel
A história da literatura de cordel começa com o romanceiro luso-holandês da idade contemporânea e do renascimento. O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em portugal ,onde eram pendurados em cordões, chamados de cordéis. Inicialmente, eles também continham peças de teatro, como as de autoria de gil vicente (1465-1536). Foram os portugueses que introduziram o cordel no brasill desde o início da colonização. Na segunda metade do século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com suas características próprias.
o que é cordel?
Literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome originado em Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
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